sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Visita IV

O que houve no último encontro não me intriga mais do que o rumo que nossa conversa havia tomado. O meu visitante estava querendo me entender e eu querendo entendê-lo. Como quem está lendo esse relato pensa em interferir no que digo. Penso que acabam interferindo mesmo, pois, tenho que dar conta de alguma coerência, o que é em si incoerente, já que não faço idéia que conexões e estímulos crio com essas linhas.

"Olá meu caro" Ele apareceu em algum lugar atrás de mim, só que dessa vez não consegui vê-lo a não ser por um vulto na minha visão periférica, entretanto, a voz estava bem viva. "Você não me verá agora por questões de economia de energia" Disse isso em tom brincalhão. Então relaxei na poltrona de couro surrado e disse: "Vamos retomar ou vamos em frente?" Ele disse: "Vamos em frente." Categórico. "Quero falar de conexões e obviamente de economia, dessa economia que você mensionou." "A de energia?" disse ele interessado e sua voz parecia mais viva, mais energética, se é que isso quer dizer algo... Então ele começou a falar com cuidado: "As conexões estão por toda parte, não podemos fugir nem buscá-las, elas simplesmente estão aí a dispeito de nossos desejos. Não sei se fica claro pra você que a economia que mensionei tem a ver com as conexões, com os encontros e desencontros que desencadeiam consequencias energéticas a todos em todos os mundos" "Todos os mundos?" Indaguei surpreso. "Sim mas isso não pode ser explicado, pois não há uma explicação que a linguagem abarque" Ele sumiu. Eu dormi.

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