sexta-feira, 30 de abril de 2010

O inevitável de Sempre

Não estamos dispostos a abrir mão do desejo. Mesmo naqueles momentos em que o desejo se opõe a civilidade, as normas sociais? A luz sobre esse embate já nos foi dada pela psicanálise e seu criador nos apontou os proximos passos, que seria quando nós entenderíamos mundo interior como algo inexplicável como é inexplicável a crença em um deus que não vemos. Estamos prontos pra tal empresa abstrata mas ainda não sabemos disso. Destruimos todos os dias a energia do grande patriarca, mas a reconstruimos assim que acordamos no outro dia e pedimos ao nada que nosso dia seja melhor. Que passos demos depois daqueles que demos sob a luz da nossa ciencia da existência do inconciente?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Lendo Machado

Daí lendo uma breve biografia do Machado de Assis, descobri que ele ditou o início de Brás Cubas para a Carolina. Sabe-se que ela era culta, discreta e foi companheira por 35 anos. Fiquei imaginando, já que por desejo expresso dele toda a correspondência entre os dois foi destruída, do que se tratava esta correspondência, já que ele nunca se ausentou, e ela tão pouco. Sabe-se que era hábito escrever missivas para pessoas próximas como forma de comunicação e registro afetivo. Mas o mistério em torno dessa convivência se transformou em matéria de sonho em que eu sonhava estar próximo dos dois naqueles idos do século XIX. Mas, eu no sonho, sonhei ser eles, estar na presença deles e sendo alternadamente os dois. Quem haverá de explicar? Trata-se talvez de um mistério sob outros tantos mistérios.