sexta-feira, 30 de abril de 2010

O inevitável de Sempre

Não estamos dispostos a abrir mão do desejo. Mesmo naqueles momentos em que o desejo se opõe a civilidade, as normas sociais? A luz sobre esse embate já nos foi dada pela psicanálise e seu criador nos apontou os proximos passos, que seria quando nós entenderíamos mundo interior como algo inexplicável como é inexplicável a crença em um deus que não vemos. Estamos prontos pra tal empresa abstrata mas ainda não sabemos disso. Destruimos todos os dias a energia do grande patriarca, mas a reconstruimos assim que acordamos no outro dia e pedimos ao nada que nosso dia seja melhor. Que passos demos depois daqueles que demos sob a luz da nossa ciencia da existência do inconciente?

3 comentários:

  1. passos??!
    na melhor das hipóteses : topadas...
    um beijo

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  2. Too scanty ‘twas to die for you,
    The merest Greek could do that.
    The living, Sweet, is costlier -
    I offer even that -

    The Dying, is a trifle, past,
    But living, this includes
    The dying multifold - without
    The Respite to be dead.


    Pouco é morrer por ti,
    O mais mero Grego o faria.
    Viver, Querido, mais custa -
    E isso também ofereço -

    Morrer é nada, passado,
    Mas a vida inclui viver
    A morte multiplicada - sem
    O alívio de morrer.

    Emily Dickinson
    Trad. Isa Mara Lando

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  3. "A morte multiplicada sem o alivio de morrer"
    Muito bonito isso.

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