segunda-feira, 19 de abril de 2021

 No ponto do desejo


O desejo e suas mazelas na curva do tempo. Me veio essa questão em sonho e me peguei pensando de maneira quase obsessiva na questão do tempo em função do desejo (podendo ser essa função também invertida em um plano cartesiano afetivo).

Um certo equilibrio vem junto com a a velhice mas, me parece que é preciso aceitar uma perda do desejo ou melhor, um redirecionamento deste para outros campos do afeto que vão além do sexo ou da paixão.

Essa mundança, que é relatada aqui por mim e passa longe de qualquer generalização e carece de uma profunda dose de reflexão e um olhar para o passado para entender do que somos feitos no presente. Qual é a nossa substancia afetiva no agora? Do que queremos dar ou não conta? A que demanda estamos dispostos a atender?

O amor toma forma em minhas reflexões e fica cada vez mais possível a existência de muitas possibilidades de amar.

Não há o que fazer em relação a decadência do corpo, porém, há muito o que fazer para tornar nossa capacidade de amar cada vez mais profunda e vasta.

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